O cenário agropecuário de Rondonópolis, um dos pilares da economia não só local mas de todo Mato Grosso, encontra-se sob uma sombra crescente com a ascensão de Wendel Girotto dentro da política regional. Apelidado de “Stedile do Rio Vermelho”, em referência ao controverso líder do MST.
Girotto tem se destacado como uma figura central na promoção da reforma agrária na região. No entanto, sua ascensão não é vista de forma positiva por muitos no agronegócio, setor que tem motivos para estar em alerta.
Rondonópolis é reconhecida nacionalmente por seu desempenho agrícola, sendo a capital do agronegócio e do bitrem, um título que reflete sua importância para as exportações e a balança comercial do Brasil. Neste contexto, a figura de Girotto representa uma potencial instabilidade.
Girotto se posiciona como defensor dos sem-terra, com a retórica de redistribuição agrária e a frequência das ocupações induzidas por movimentos alinhados ao seu discurso geram insegurança jurídica e econômica entre os produtores rurais. Para um setor que depende de previsibilidade e estabilidade para investir e planejar colheitas, a ameaça de desapropriações e invasões é um fator significativamente perturbador.
As pretensas iniciativas de Girotto, preocupam e podem desencadear uma série de conflitos entre sem-terra e produtores estabelecidos. A memória de ocupações adas, que afastaram investidores e criaram tensões, ainda está viva entre a comunidade agrícola. Há também uma crescente preocupação sobre como suas ações podem influenciar políticas agrárias em nível estadual e até nacional.
Além disso, o envolvimento de Girotto com figuras de destaque no cenário político nacional, como Rosa Neide e seu e dentro do governo do presidente Lula, apenas adiciona combustível ao sentimento de insegurança entre os produtores. Eles temem que suas ligações políticas permitam a implementação de políticas mais agressivas contra o agronegócio, muitas vezes retratado de maneira negativa por alguns setores do PT.
Em suma, enquanto Wendel Girotto continua sua trajetória e pretende comandar novamente o PT municipal, sendo como uma figura influente da esquerda em Rondonópolis, o agronegócio vê nele uma ameaça crescente.
A ascensão de um novo “Stedile” provoca mais preocupações do que esperanças para os que dependem diretamente da terra.
