Danielle Brant e Guilherme Seto
O Sebrae, órgão de e a micro e pequenas empresas do Sistema S, deverá ser foco de discórdia política para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já nos primeiros meses de 2023.
O bolsonarista Carlos Melles foi reconduzido ao cargo de diretor-presidente da instituição, que é vista pelo petista como peça importante na sua interlocução com o empresariado.
A aposta de petistas é a de que o conselho do Sebrae, que ará a ter membros indicados pelo presidente eleito em 2023, fará articulação para derrubar Melles antes de março. O governo federal tem 5 das 15 cadeiras do conselho e é a instância que elege o presidente do Sebrae.
Lula enfatizou durante a campanha a sua atenção ao setor, apontando que as leis que criaram a figura do MEI (microempreendedor individual) e do Simples Nacional foram editadas em seu governo, durante o qual ele colocou um de seus aliados mais próximos, Paulo Okamotto, no comando do Sebrae.
Ciente dos riscos, Melles buscou o governo de transição, mas não teve retorno positivo. Como adiantou o , Geraldo Alckmin (PSB) enviou uma carta ao Sebrae pedindo o adiamento da votação, mas não foi atendido.
Diante disso, Melles reforçou sua base e incorporou à sua diretoria a deputada federal Margarete Coelho (PP-PI), aliada de Arthur Lira (PP-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI), na tentativa de evitar a queda.
O Sebrae é cobiçado pelos altos salários aos diretores (acima de R$ 50 mil), pela quantidade de cargos a distribuir e pelo caixa reforçado (mais de R$ 5 bilhões em aplicações financeiras).