Por Marcelo Marreta
No próximo sábado (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja desembarcar em Campo Verde, Mato Grosso, em mais uma tentativa de se conectar com o estado de MT. Que sem firma como uma região tradicionalmente conservadora e a direita.
Para quem conhece política sabe que essa visita está cercada por uma expectativa morna, como assistir programa de televisão apenas por hábito, mas sem qualquer interesse.
Para os eleitores mato-grossenses, a presença de Lula parece desnecessária, similar a vender gelo no deserto. Mato Grosso, após as últimas eleições, solidificou-se como um “marco” do pensamento bolsonarista, conservador firmemente enraizado em valores como crescimento econômico, segurança e tradições familiares.
O agronegócio, que movimenta a economia e que identifica o estado, sabe que as políticas de Lula soam tão distantes quanto estrelas num planetário — visíveis, mas intangíveis e desconectadas da realidade local. A percepção prevalente é de que o impacto de Lula, um protagonista dos anos 2000, é agora nada mais que uma lembrança de tempos ados.
A ironia é gritante: enquanto Lula tenta se manter relevante em terras que traçam sua própria história, Mato Grosso segue adiante, pintando seu futuro com cores de progresso e autonomia (Verde e Amarelo), independente de antigos discursos políticos.
Para aqueles que especulam sobre o impacto dessa visita, a resposta é clara: “nada com coisa nenhuma”. O estado “pilar do agro” prossegue firme e confiante no seu serviço, e sua posição como gigante que não se deixa impactar por discursos vazios, e uma narrativa que não se encaixa na sua vocação de plantar e colher com abundância.
