O presidente da Argentina, Javier Milei, opinou nesta quinta-feira (12), em Jerusalém, que “a Justiça fez justiça”, em referência à decisão da Suprema Corte da Argentina de manter a condenação da ex-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão e inelegibilidade perpétua para cargos públicos por fraude na concessão de obras rodoviárias.
– Não tenho nenhum mérito no fato de que a justiça definitivamente agiu de acordo com a República, é tudo mérito do Judiciário, da Suprema Corte – disse Milei durante um evento na Universidade Hebraica de Jerusalém, no terceiro dia de sua visita a Israel.
Ele acrescentou que, como presidente, tem sido “consistente” com suas ideias republicanas.
– Deixo os juízes agirem livremente. Como o primeiro presidente que não interfere na Justiça, os resultados estão aí para todos verem: a justiça foi feita – acrescentou.
Na última terça (3), a Suprema Corte da Argentina rejeitou o último recurso de Cristina Kirchner e manteve sua sentença de seis anos de prisão e inelegibilidade vitalícia para ocupar cargos públicos em um caso de corrupção.
A ex-presidente, de 72 anos, foi condenada em um caso envolvendo irregularidades na concessão de obras rodoviárias entre 2003 e 2015, durante o governo de seu falecido marido, Nestor Kirchner, e seus dois mandatos subsequentes.
A defesa de Cristina Kirchner, principal figura da oposição ao governo de Javier Milei, pediu para que a ex-presidente cumpra a pena em prisão domiciliar e garantiu que denunciará uma suposta perseguição política perante o Tribunal Penal Internacional.
Os advogados de defesa argumentam que a ex-presidente tem o direito de cumprir sua pena em casa por ter mais de 70 anos de idade, um benefício que pode ou não ser concedido.
*EFE