Cuiabá: Estudante da UFMT é presa suspeita de adotar e maltratar gatas adolescentes; ao menos um animal foi encontrado morto
Uma estudante da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), identificada como Larissa Karolina Silva Moreira, de 28 anos, foi presa nesta sexta-feira (13) em Cuiabá (MT), suspeita de maus-tratos contra animais. Segundo denúncias feitas por diversas organizações de proteção animal, Larissa teria preferência por gatas adolescentes, com idade entre quatro e cinco meses, que supostamente eram adotadas para sofrer crueldades, resultando até em mortes.
A ONG Tampatinhas, uma das entidades que denunciaram o caso, relatou que uma de suas voluntárias, Kelly Rondon, chegou a entregar uma gatinha para Larissa no dia 11 de abril. A princípio, a estudante enviou uma foto do animal com visualização única, mas, dias depois, parou de responder as mensagens e bloqueou os contatos da protetora. O comportamento levantou suspeitas, o que motivou Kelly a buscar outras ONGs — e foi assim que descobriu um padrão perturbador.
“Ela já havia contatado outras ONGs, sempre adotando animais com o mesmo perfil. Depois de conseguir a guarda, ela sumia, bloqueava os doadores e não dava mais notícias. Foi aí que percebemos que havia algo muito errado acontecendo”, contou Kelly.
Segundo os relatos, Larissa teria um padrão de adoção seletiva, focado especialmente em gatas jovens, embora também haja registros de adoções de gatos machos e até de cachorros. De acordo com Kelly, os animais maiores geralmente não morriam, sendo posteriormente reados para terceiros em adoções supostamente irregulares.
O delegado Guilherme Pompeo Pimenta Negri, responsável pelas investigações, informou que o caso chegou à polícia por meio de denúncias de ao menos nove protetores. As ONGs perceberam que o casal — Larissa e seu companheiro — demonstrava interesse incomum por diversos animais, sem ter um local adequado para mantê-los.
Durante a apuração dos fatos, o companheiro da suspeita foi ouvido e afirmou que Larissa matou um dos gatos. O corpo do animal foi encontrado em um terreno baldio, nos fundos da residência da investigada, e recolhido para perícia pela Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica), que deverá confirmar a causa da morte.
O companheiro foi liberado após o depoimento, mas também é investigado no inquérito, conduzido pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema).
Por G1