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    Deputado de MT anuncia exoneração de ex-policial acusado de matar músico em clínica clandestina

    O ex-policial civil Kleber Ferraz Albuês, que irá a júri popular pelo sequestro, assassinato e ocultação do corpo do músico Thiago Festa Figueiredo(foto), em Cuiabá, no ano de 2011, foi exonerado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) na segunda-feira (2), onde atuava como assessor do deputado estadual Júlio Campos (UNIÃO), segundo o gabinete do parlamentar.

    A informação foi divulgada pela equipe do deputado nesta quarta-feira (11), embora a exoneração ainda não tenha sido publicada no Diário Oficial. Conforme o Portal Transparência da ALMT, o contrato dele está ativo até a publicação desta reportagem.

    Kleber atuava como comissionado no gabinete do deputado desde fevereiro deste ano, e recebia um salário de R$ 1,4 mil.

    O ex-policial será julgado no 27 de junho, às 9h, presencialmente. Além dele, o técnico de informática Hueder Marcos de Almeida será julgado pelos mesmos crimes.

    Conforme denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), os dois são acusados de crimes como sequestro qualificado, homicídio qualificado, falsidade ideológica e ocultação de cadáver. Kleber também responderá por ter usado o cargo de policial para encobrir o crime e manipular provas (entenda mais abaixo).

    Ao g1, a irmã de Thiago, Thais Figueiredo, contou que a família ainda vive o luto pela morte do músico e que reviver o caso depois de 14 anos esperando por respostas é doloroso. Ela será ouvida como testemunha no júri, mas acompanhará a sessão de forma remota por questões de segurança.

    “Meu irmão era um rapaz bom, trabalhador, músico e empreendedor. O assassino hoje ocupa um cargo de confiança em um gabinete que cuida da segurança pública do Estado. Isso é vergonhoso”, disse.


    Assassinato em clínica de reabilitação

    A mãe da vítima, Maria Antônia Festa, disse ao g1 que o filho morava em Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá, e estava de férias quando foi assassinado.

    O assassinato ocorreu em uma clínica de reabilitação de propriedade da mãe do policial, para onde a vítima foi levada à força depois de ter sido abordado em uma blitz quando estava acompanhado de um amigo. Mesmo sem autorização da família de Thiago, o policial teria o forçado, sob ameaça com arma, a ir até a clínica de sua propriedade.

    Na clínica, Thiago foi dopado contra a vontade com um coquetel de medicamentos controlados, apelidado de “danone”. A vítima teria avisado que era alérgica, mas mesmo assim Kleber e Hueder teriam insistido. Thiago morreu horas depois, trancado no chamado “quarto da disciplina”.

    Na época, o corpo do músico foi encontrado às margens de uma rodovia, e, segundo o MP, a cena foi encoberta como se tratasse apenas de um encontro de cadáver, com registro forjado por Kleber.

    Demissão
    Em dezembro de 2012, quando a denúncia do MP foi recebida pela Justiça, foi determinada a suspensão de Kleber da função de investigador da Polícia Civil, o que foi cumprido um mês depois.

    Ele respondeu a processo istrativo e perdeu definitivamente o cargo em abril de 2014. Kleber chegou a ser reitido no cargo em dezembro daquele ano, mas, após uma denúncia feita à ouvidoria do governo do estado, teve o processo revisto e a demissão mantida em novembro de 2015.

    Kleber já foi investigado por um procedimento istrativo disciplinar e denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por sete crimes, entre eles falsidade ideológica, prevaricação (quando um servidor público usa do cargo para cometer crime), e fraude processual.

    O vídeo abaixo é sobre o julgamento

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