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    Ex-policial e atual assessor de deputado será julgado por sequestro, morte e ocultação de corpo de músico após 14 anos em Cuiabá

    O ex-policial civil Kleber Ferraz Albuês e atual assessor do deputado estadual Júlio Campos (UNIÃO) será submetido a júri popular por sequestrar, matar e esconder o corpo do músico Thiago Festa Figueiredo(foto), de 27 anos, em Cuiabá, em 2011. A decisão do julgamento foi assinada pela juíza da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, Cristhiane Trombini Puia Baggio, na terça-feira (3).

    O julgamento foi marcado para o dia 27 de junho, às 9h, presencialmente. Além do assessor, o técnico de informática Hueder Marcos de Almeida será julgado pelos mesmos crimes.

    O g1 tenta contato da defesa dos acusados e com o deputado estadual.

    Conforme denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), os dois são acusados de crimes como sequestro qualificado, homicídio qualificado, falsidade ideológica e ocultação de cadáver. Kleber também responderá por ter usado o cargo de policial para encobrir o crime e manipular provas (entenda mais abaixo).

    Ao g1, a irmã de Thiago, Thais Figueiredo, contou que a família ainda vive o luto pela morte do músico e que reviver o caso depois de 14 anos esperando por respostas é doloroso. Ela será ouvida como testemunha no júri, mas acompanhará a sessão de forma remota por questões de segurança.

    “Meu irmão era um rapaz bom, trabalhador, músico e empreendedor. O assassino hoje ocupa um cargo de confiança em um gabinete que cuida da segurança pública do Estado. Isso é vergonhoso”, disse.


    Assassinato em clínica de reabilitação
    A mãe da vítima, Maria Antônia Festa, disse ao g1 que o filho morava em Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá, e estava de férias quando foi assassinado.

    O assassinato ocorreu em uma clínica de reabilitação de propriedade da mãe do policial, para onde a vítima foi levada à força depois de ter sido abordado em uma blitz quando estava acompanhado de um amigo. Mesmo sem autorização da família de Thiago, o policial teria o forçado, sob ameaça com arma, a ir até a clínica de sua propriedade.

    Na clínica, Thiago foi dopado contra a vontade com um coquetel de medicamentos controlados, apelidado de “danone”. A vítima teria avisado que era alérgica, mas mesmo assim Kleber e Hueder teriam insistido. Thiago morreu horas depois, trancado no chamado “quarto da disciplina”.

    Na época, o corpo do músico foi encontrado às margens de uma rodovia, e, segundo o MP, a cena foi encoberta como se tratasse apenas de um encontro de cadáver, com registro forjado por Kleber.

    Demissão
    Em dezembro de 2012, quando a denúncia do MP foi recebida pela Justiça, foi determinada a suspensão de Kleber da função de investigador da Polícia Civil, o que foi cumprido um mês depois.

    Ele respondeu a processo istrativo e perdeu definitivamente o cargo em abril de 2014. Kleber chegou a ser reitido no cargo em dezembro daquele ano, mas, após uma denúncia feita à ouvidoria do governo do estado, teve o processo revisto e a demissão mantida em novembro de 2015.

    Kleber já foi investigado por um procedimento istrativo disciplinar e denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por sete crimes, entre eles falsidade ideológica, prevaricação (quando um servidor público usa do cargo para cometer crime), e fraude processual.

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