O homem-bomba que se explodiu na frente do STF nessa quarta-feira (13/11) avisou a membros do gabinete do deputado federal Jorge Goetten (PL-SC) ainda em agosto que tinha alugado uma casa em Ceilândia, cidade satélite de Brasília.
À coluna, o parlamentar catarinense relatou que o homem, identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, esteve no gabinete do deputado na Câmara em agosto de 2024, quando teria contado sobre o aluguel do imóvel.
“Meus assessores falam que ele disse que o aluguel era barato em Ceilândia e que ele tinha alugado a casa porque tinha gostado de Brasília. Eu não sei se ele ficava o tempo todo lá, mas ele tinha alugado”, afirmou Goetten.
A casa usada por Francisco em Ceilândia, conforme noticiou o Metrópoles, foi alvo de uma varredura de policiais após as explosões. No local, foram encontrados outras bombas e artefatos para produção de novos explosivos.
O homem morava em Rio do Sul, em Santa Catarina. Ele foi candidato a vereador no município nas eleições de 2020 pelo PL, mas não conseguiu se eleger. Nas redes sociais, Francisco seguia figuras da direita, como Jair Bolsonaro e Olavo de Carvalho.
Conterrâneos abalados
Amigo da família de Francisco, o deputado Jorge Goetten disse que todos de Rio do Sul, cidade no interior de Santa Catarina onde o homem-bomba morava até então, estão “surpresos” e “abalados” com a morte do conterrâneo.
O parlamentar contou que Francisco visitou seu gabinete na Câmara outras vezes. Segundo Goetten, durante uma visita do homem em 2023, o deputado federal percebeu que Francisco “não estava bem” de saúde mental.
“Ele falava muito sobre a separação da mulher, muito. Até comentei com o pessoal do gabinete que ele parecia não estar bem de cabeça”, relatou o parlamentar.
Última ida do homem-bomba na Câmara
Como a coluna noticiou mais cedo, o homem-bomba circulou pela Câmara horas antes das explosões na Praça dos Três Poderes. Segundo fontes da Polícia Legislativa, ele entrou nas dependências da Casa para usar o banheiro e saiu logo em seguida.
