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    Moody’s cita risco fiscal e piora perspectiva de crédito do Brasil

    A agência de classificação de riscos Moody’s decidiu nesta sexta-feira (30) rebaixar a perspectiva de nota de crédito do Brasil de “positiva” para “estável”. Apesar da mudança, o rating soberano do país segue em Ba1 — a um o do chamado grau de investimento.

    Segundo agência, a piora na perspectiva reflete fatores fiscais, diante de uma “deterioração acentuada na capacidade de pagamento da dívida”. Além disso, a Moody’s citou:

    • progresso mais lento do que o esperado do país em resolver a rigidez de gastos e construir credibilidade na política fiscal;
    • capacidade “limitada” do governo de reduzir de forma significativa as vulnerabilidades fiscais e estabilizar o nível da dívida no curto prazo;
    • e a estrutura da dívida, atrelada a taxas de juros variáveis e à inflação, diante de um perfil fiscal “altamente suscetível às oscilações de juros”.

    “A capacidade do governo de reduzir de forma significativa as vulnerabilidades fiscais e estabilizar o nível da dívida no curto prazo continua limitada pela rigidez dos gastos e pelo aumento dos custos de financiamento”, escreveu a agência.
    Para a Moody’s, esses desafios bloqueiam o potencial de alta nos investimentos e no avanço do Produto Interno Bruto (PIB), assim como as reformas econômicas em andamento “que, em geral, apoiam a qualidade do crédito do Brasil”.

    Apesar dos apontamentos, a agência destaca que, com a nota Ba1, a avaliação é que os riscos de crédito do país estão equilibrados.

    Nota subiu em 2024


    Em sua última decisão, em outubro, a Moody’s elevou a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, com perspectiva positiva. Com isso, o país ficou a um o de obter grau de investimento — um selo de bom pagador concedido pelas agências, que assegura aos investidores um menor risco de calotes.

    A classificação ainda indica um “grau especulativo”, o que, segundo as agências de risco, aponta que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas segue enfrentando incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas.

    Em outras palavras, o Brasil não tem o chamado “selo de bom pagador”, classificação que sinaliza menor risco de calote para quem investe em títulos do Tesouro Nacional.

    Por que decidiu manter a nota em Ba1?
    A Moody’s afirmou que a decisão de manter o rating do país em Ba1 reflete o crescimento sólido e sustentado de uma economia que é “grande e diversificada”.

    Além disso, a agência citou o histórico de reformas ao longo de sucessivos governos e a posição externa robusta, o que, na avaliação da Moody’s, torna a vulnerabilidade externa do país “limitada”.

    “Esses pontos fortes de crédito são contrabalançados por um nível de endividamento elevado e crescente, altos pagamentos de juros e uma estrutura de gastos rígida, que limita a capacidade do governo de reagir a choques”, ponderou a Moody’s.

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