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    Mortes por acidentes de moto disparam em MT; violência contra mulheres também preocupa

    Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, utilizou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) para traçar um panorama das mortes no trânsito no Brasil. O estudo revela um dado alarmante: após anos de queda, o número de óbitos voltou a crescer em 2020, impulsionado principalmente por acidentes envolvendo motocicletas.

    O aumento dessas tragédias está diretamente ligado à rápida expansão da frota de motos no país e ao uso cada vez mais frequente desse meio de transporte, sem que haja investimentos proporcionais em infraestrutura viária e segurança. Mato Grosso se destaca negativamente nesse cenário, registrando uma das maiores taxas de mortalidade no trânsito: são 14,7 mortes para cada 100 mil habitantes, atrás apenas do Piauí (21) e Tocantins (16,9). Em contraste, Amapá, Distrito Federal e Rio de Janeiro apresentam os menores índices do país.

    Segundo o estudo, fatores sociais e econômicos contribuem para a popularização das motocicletas, como a precariedade do transporte público e o alto custo das agens de ônibus, trens e metrôs. Para muitos brasileiros, a moto se tornou a única alternativa viável e ível para se locomover.

    No campo da segurança pública, o Atlas da Violência aponta que o Brasil registrou, em 2023, o menor número de homicídios em 11 anos: foram 45.747 casos, o que representa uma taxa de 21,2 homicídios para cada 100 mil habitantes. No entanto, essa melhora não se reflete na vida das mulheres. A violência de gênero segue crescendo: somente em 2023, foram 275 mil notificações de agressão, um aumento de 24% em comparação ao ano anterior.

    Quando o foco são os homicídios femininos, a taxa nacional permanece em 3,5 mortes para cada 100 mil mulheres. Mato Grosso, porém, ocupa o quinto lugar no ranking nacional, com 5,9 homicídios por 100 mil mulheres, ficando atrás apenas de Roraima (10,4), Amazonas, Amapá e Rondônia (todos com 5,9). O levantamento também revela que seis em cada dez assassinatos de mulheres ocorrem dentro de casa, evidenciando o grave desafio do combate à violência doméstica.

    Esses dados escancaram a urgência de políticas públicas integradas, tanto para a melhoria da infraestrutura viária e do transporte público, quanto para o enfrentamento à violência de gênero — especialmente em estados como Mato Grosso, onde os índices preocupam e exigem ação imediata.

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