A recepcionista que havia processado a empresa onde trabalhava por ter seu pedido de licença-maternidade para cuidar de um bebê reborn negado, desistiu da ação nesta quinta-feira (29). Ao GLOBO, a defesa alegou que a desistência se deu devido a “mensagens de ódio e ameaças sofridas” após a repercussão do caso. Segundo o jornal especializado JOTA, o advogado José Sinelmo Lima Menezes havia solicitado, na noite anterior, a abertura de uma investigação por falsidade ideológica e uso de documento falso, alegando que sua teria sido fraudada no processo.
De acordo com o JOTA, em seu pedido de desistência, a recepcionista afirmou que não teve a intenção de afrontar o tribunal nem de fazer uma piada. “O que pretendia-se nesta ação era a rescisão indireta em virtude dos abalos psíquicos diários que a Reclamante vem sofrendo em seu ambiente laboral por optar tratar como se filha fosse um objeto inanimado, de certo que esse é um direito seu”, justificou.
Ela alegou ainda que, em menos de 24 horas após a repercussão do caso, a vida dela e de sua advogada se transformaram em “um verdadeiro inferno”. Segundo ela, até mesmo advogados teriam incitado, por meio de um aplicativo de mensagens, que populares a agredissem. A advogada da mulher precisou desativar suas contas nas redes sociais e relatou na ação ter sido foi procurada em casa às cinco da manhã, para esclarecer o caso.