O número de acidentes em rodovias federais tem aumentado. No ano ado, foram registrados mais de 65 mil casos, três mil a mais do que em 2022.
Em 2023, foram registrados 3.200 acidentes a mais que no ano anterior, totalizando 65.176 acidentes, comparados aos 61.970 de 2022. Foram quase 200 por dia, com a maioria (34.650) ocorrendo em estradas istradas pela gestão pública.
Paulo Resende, coordenador do núcleo de logística da Fundação Dom Cabral, afirma que “quando a taxa de severidade a a medir acidentes com feridos e vítimas fatais, as rodovias públicas têm uma taxa de severidade três vezes maior que as estradas concedidas à iniciativa privada”.
No ano ado, mais de 50 mil acidentes resultaram em pessoas feridas e 4.640 em mortes. As rodovias com maior número de acidentes e taxa de ocorrências graves foram a BR-101, que vai do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e a BR-116, que liga Fortaleza ao Rio Grande do Sul.
Setenta por cento dos trechos mais perigosos ficam perto das cidades. Especialistas defendem melhorias no o aos viadutos e a colocação de mais arelas para evitar que pedestres se arrisquem ao atravessar as pistas.
“Temos que evitar o conflito entre o movimento urbano e o de longa distância. O movimento urbano envolve vulneráveis, como pedestres, ciclistas e motociclistas”, explica Paulo Resende.
Para reduzir o número de acidentes, é preciso aumentar o investimento em infraestrutura e reforçar a fiscalização. “A PRF não tem um orçamento adequado para fiscalizar devidamente. Economizar nesses locais é errado porque estamos falando de vidas humanas. Dinheiro para fiscalização é dinheiro para salvar vidas”, conclui o especialista.