Após um longo período à frente da prefeitura de Rondonópolis, Zé do Pátio (PSB) sofreu uma derrota contundente nas eleições municipais. O prefeito, que estava no cargo há oito anos, endossou a candidatura de Paulo José (PSB), mas viu seu candidato ser derrotado com apenas 26.027 votos. Em contrapartida, o prefeito eleito Claudio Ferreira (PL) obteve uma expressiva vitória, conquistando 56.356 votos e uma vantagem de quase 30 mil votos sobre o candidato de Pátio.
Após este revés, Zé do Pátio não se deixou abater e logo mirou as eleições em Cuiabá. Apostando todas as suas fichas na candidatura de Lúdio Cabral (PT), ele tenta a mobilizar a população cuiabana, com a ideia de que a cidade precisa de uma mudança e que Lúdio é o candidato ideal para essa transformação. Em suas declarações, Pátio instigou os cuiabanos a refletirem: “Agora, o que eu quero é Cuiabá, será que Cuiabá não pode conhecer um prefeito diferente?”
Contudo, essa retórica parece contradizer a realidade em Rondonópolis, onde a gestão de Pátio foi reprovada nas urnas. Enquanto ele enaltece as experiências acumuladas em sua cidade, a população parece ter escolhido um caminho diferente, elegendo Claudio Ferreira como um símbolo de mudança e alinhamento com as propostas de direita.
A estratégia de Zé do Pátio de apresentar Lúdio Cabral como a esperança para Cuiabá pode não ser suficiente. Afinal, a derrota em Rondonópolis expõe um sentimento crescente entre os eleitores que buscam alternativas à gestão da esquerda, refletido na ascensão de candidatos da direita, como Abílio Brunini, que também se destaca como uma alternativa na capital.
Assim, ao tentar transferir seu projeto malsucedido para Cuiabá, Pátio corre o risco de enfrentar uma nova derrota em um espaço curto de tempo.
O que se desenha, portanto, é um embate entre a esquerda, representada por Zé do Pátio e Lúdio Cabral, e a direita, que ganha força com Claudio Ferreira em Rondonópolis e Abílio Brunini em Cuiabá. O cenário político se intensifica, e a pergunta que fica é: será que Pátio conseguirá reverter a maré em Cuiabá ou irá se consolidar como um símbolo de um projeto que perdeu a confiança da população?
A resposta somente será conhecida no dia 27 de outubro, até lá o clima segue quente nos batidores politicos de MT.
