O procurador Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, de 45 anos, investigado pelo assassinato de um homem em situação de rua, identificado como Ney Muller Alves Pereira, de 42 anos, atirou e matou a vítima com base em uma descrição de testemunhas que viram um homem destruindo carros, entre eles, o veículo de Luiz Eduardo. O crime aconteceu nessa quarta-feira (9), em Cuiabá.
A polícia investiga para saber se realmente era Ney quem estava destruindo os carros e quem são as pessoas que aram as características para Luiz Eduardo.
Segundo o delegado responsável pelo caso Edison Pick, o procurador estava jantando com a família em um posto de combustível, quando um homem começou a destruir os carros que estavam estacionados. Testemunhas apontaram caracteristicas do homem para Luiz Eduardo, que avistou Ney na rua e acreditou ser ele quem estava destruindo os carros.
“Ele não viu o Ney destruindo o carro, ele estava dentro do restaurante. No posto de combustível, falaram pra ele que era um homem magro, alto, com camiseta vermelha e short. Ele viu o Ney com essas características e atirou”, relatou.
Ainda de acordo com o delegado, Luiz Eduardo levou sua família para casa antes do crime, depois procurou a guarnição da polícia em um shopping da região e o posto policial do bairro Boa Esperança para relatar o dano no carro. Ao voltar, ele se deparou com Ney andando na calçada e achou que as características eram compatíveis, momento em que Luiz chamou e o matou com um tiro no rosto.
O procurador está preso desde quinta-feira (10), quando se apresentou na delegacia, acompanhado por advogados. Ele ou por audiência de custódia nesta sexta-feira (11) e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
O juiz João Bosco Soares da Silva determinou, ainda, que, por ser advogado, Luiz Eduardo seja encaminhado para a Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, em Rondonópolis, a 218 km da capital, onde há estrutura adequada para recebê-lo.
A defesa nega que tenha sido uma execução e afirma que o crime não foi premeditado. Segundo ele, a vítima teria danificado o carro do procurador e de outros clientes de um posto de gasolina próximo ao local do assassinato.
Segundo o presidente da ALMT, Max Russi (PSB), a Casa de Leis abriu um procedimento istrativo para apurar o caso e que está tomando providências para exoneração do procurador.