Um mês após as explosões perto do Supremo Tribunal Federal (STF) e no estacionamento do anexo IV da Câmara dos Deputados mudanças podem ser percebidas na Esplanada dos Ministérios. Desde que um homem se explodiu em frente à estátua da Justiça, em 13 de novembro, o STF retomou a proteção de seu prédio com grades por toda a praça até perto do Panteão. Há ainda carro da Polícia Militar e policiais judiciários ao redor.
Além disso, os estacionamentos da Corte, tanto o que fica virado para o Congresso Nacional quanto o que está na altura da Procuradoria-Geral da República (PGR), estão fechados para o público externo. As áreas eram usadas por visitantes de diversos órgãos públicos que ficam ao redor, mas, agora só têm o ao lugar funcionários ou servidores com crachá e matrícula.
O estacionamento do STF era aberto para o público geral e tinha o aval do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para permanecer aberto. No entanto, o fechamento se deu devido a uma questão de segurança e não tem prazo para a reabertura.
As medidas de segurança ainda são estudadas e aplicadas em conjunto com a segurança do STF e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Ameaças
Desde o dia 8 de janeiro de 2023 até a data do atentado à bomba, o STF recebeu 1 mil ameaças por diversos meios, um total de três intimidações por dia. As ameaças contra ministros e atentando contra a integridade da Corte chegaram via e-mail, carta ou telefone. Ainda nesta quinta-feira (12/12), a Corte seguia recebendo ameaças contra integridade material da Corte, familiares de ministros, os próprios ministros, entre outros.
Para receber cartas ou malotes, o STF já tem um protocolo severo de aceitação, com uso de Raio-x e triagem dos profissionais. As ameaças levam a segurança do Supremo a manter em um banco de dados pessoas que possam ser potenciais autores de ataques.