Foi remarcado para o dia 7 de fevereiro, às 14h, o julgamento da agora capitã do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur de Souza Dechamps, acusada de maus-tratos a um aluno no treinamento dos bombeiros em 2016, em Cuiabá, quando ainda era tenente.
Essa é a 3ª vez que o julgamento é adiado. A primeira sessão estava prevista para dezembro de 2024, mas foi adiada para esta quarta-feira (29). Porém, a sessão precisou ser remarcada mais uma vez porque os juízes militares não puderam comparecer à sessão.
Segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o juiz Moacir Rogério Tortato, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar, confirmou que o julgamento será de forma presencial no próximo mês.
O Ministério Público do Estadp (MPE) acusa Ledur de torturar o aluno Maurício Júnior dos Santos. Conforme o documento, o jovem estava sob a autoridade da tenente e foi submetido a intenso sofrimento físico e mental, como forma de castigo pessoal.
Em julho de 2015, Maurício foi convocada para o 15º Curso de Formação de Soldado do Corpo de Bombeiros. No início de 2016, deu-se início às aulas da disciplina de salvamento aquático, a qual tinha como instrutora responsável a tenente Ledur.
Ela também já respondeu pela morte do soldado Rodrigo Claro, aluno dela em 2016. Durante o cumprimento da pena, teve o processo arquivado (entenda mais abaixo).
Promoção
No dia 17 deste mês, a tenente foi promovida ao posto de capitã, pelo governo de Mato Grosso. A promoção foi feita por meio de decreto assinado pelo governador Mauro Mendes (União) e pelo Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, coronel Nerci Denardi, e consta do Diário Oficial.
Em 2016, a Comissão de Promoção de Oficiais (O) excluiu a tenente do Quadro de o para promoção ao posto de Capitão por ter considerado grave as notícias veiculadas na mídia. Na época, ela foi acusada por tortura contra dois aluno durante treinamentos aquáticos dos bombeiros.